Marisa
tem 15 anos é naturalmente loira com olhos verdes e tem distúrbio
de ansiedade. É uma adolescente como todas as outras (ou pelo menos
a maioria), gosta de ler, escreve nas paredes do quarto seus
pensamentos e reclama do próprio corpo. Tem uma superamiga de quem
tem inveja às vezes, Sterling e uma irmã mais nova, Sandra. Está a
espera de um grande amor mas ao contrário de Sterling, não é muito
boa em fazer amigos, quem dirá paqueras. Nutre um amor não
correspondido pelo gatíssimo Derek, mas é Nash, seu amigo da
infância, quem se apaixona por ela. Eis então um dos dilemas de
Marisa: Derek, lindo, popular, charmoso, porém com um ex
relacionamento mal resolvido ou Nash, colecionador de sinos, nerd,
com quem se sente inteiramente a vontade porém é um... amigo.
Dentro da
trama principal – o dilema amoroso – outros assuntos vem à tona
como o divórcio. Os pais de Marisa são aparentemente felizes e
apaixonados, porém uma traição abala o relacionamento e eles então
se separam. Marisa é uma das poucas adolescentes que ainda tem pais
casados e não aceita o divórcio, primeiro briga com os pais depois
faz greve de silêncio.
Outro
tema abordado é a depressão. Marisa tem distúrbio de ansiedade e
agravada pelas situações conflituosas e sensíveis, se afunda no
mar da tristeza e um momento anterior ao retratado no livro e outro
ao final, ela faz terapia.
Há um
personagem misterioso, o Dirty Dirk. Ele tem um programa na internet,
fala sobre algumas pessoas da cidade, suas opiniões de um
determinado assunto e responde a perguntas ou aconselha os
internautas que enviam mensagens a ele. Seu anonimato é desfeito ao
final do livro mas não chegou a ser uma revelação, na verdade eu
já suspeitava de quem poderia ser.
O livro é
bem legal, a história segue suave, a leitura é fácil, tem muito
diálogo, recheado de gírias e escrito em primeira pessoa. O enredo
no universo adolescente é bem estruturado o uso característico do
vocabulário juvenil deixa os personagens mais reais e atraentes.
Porém no capítulo 24 Marisa decide vestir um “top leve,
esvoaçante e estruturado para um passeio no deque. É Natal e como
ela mesmo confirma na página seguinte quando a convidam para tomar
um sorvete: “Deve estar, tipo uns 15 graus negativos aí fora”,
está muuuito frio. Então alguém pode me explicar porque ela
escolheu um “top leve, esvoaçante e estruturado” para sair?
Opção 1: ela queria muito se exibir , opção 2: ela está tão
apaixonada que não sente frio ou opção 3 nossa queridíssima
autora, Susane Colasanti, cometeu um deslize? Alguém pode me responder?
Ainda
assim recomendo esta não é uma hamartia como diria nossa adorável
Hazel Grave de A Culpa é das Estrelas (Resenha Aqui!.) As garotas principalmente vão
adorar. Ah e o filme A Corrente do Bem que é mencionado na história
realmente existe, assim como o livro honônimo. É uma excelente indicação
também mas infelizmente ainda não possuímos um exemplar. Ficam as
duas indicações. Boa leitura!
Bárbara Leilane - Auxiliar da tarde