Que tipo
de livro teria como título “pão.com.manteiga” ? A primeira
informação é que a história é relacionada a internet. Mas o que
teria a ver a internet com nosso café da manhã?
Paulo é
adolescente e em um daqueles dias em que você está querendo dar uma
“repaginada”, muda seu perfil no MSN. Enquanto comia um pão, sem
manteiga mesmo, surge a ideia de qual apelido adotar. Pouco depois,
sua amiga Carol comenta com Renatinha que um amigo havia se apelidado
de Pão. Renata se interessa e muda seu nome para Manteiga.
As
mentiras começam aí, trocando os nomes dos personagens principais.
Eles, Pão e Manteiga, ficam amigos e quando a curiosidade de ver o
outro surge, mais mentiras: cada um usa uma foto que não é a real e
inventam vidas que gostariam de ter.
A família
de Paulo está com dificuldades financeiras e ele diz ser muito rico,
que os pais estão de férias no exterior, que ele está relaxando na
piscina... Renata é gordinha e diz ter um corpo de top model, lindos
cabelos ondulados... Enfim, aquelas conversas mentirosas da sala de
bate-papo que não vão dar em nada porque, provavelmente, você
nunca irá se encontrar com a outra pessoa e se encontrar, quem
poderia confirmar que era mesmo você?
Acho este
perfil bastante realista. Trabalhando com adolescentes da era
virtual, não foram poucas as vezes que me confidenciaram estas
brincadeiras de identidade. No entanto, Paulo e Renata estão tão
insatisfeitos com a vida real que ficam ansiosos para assumir a
personalidade que adotam no MSN. Eles gostam e chegam a desejar que
fosse verdade.
Já
estava pensando em onde iria parar aquela brincadeira, que estava
ficando séria, quando Pão e Manteiga reconhecem que a única vida
que temos é a que vivemos. Que se não estamos satisfeitos com nossa
aparência, nossos amigos, nossa condição social, questões
políticas ou o que quer que seja, é aqui que temos que fazer a
mudança. Nos escondermos atrás de perfis perfeitos na rede social
não muda o que somos. A crítica de Jonas Ribeiro (autor) é muito
clara quando lemos o trecho onde Pão se cansa da virtualidade e se
assume como Paulo:
"Não
quero mais saber de turbinar meu computador, de amigos gamemaníacos,
de ficar jogando on-line, de atualizar meu perfil todo santo dia, de
cartões virtuais. Chega!!! A internet não pode substituir a casa de
um migo e o cheiro de uma garota. Acabamos abrindo mão do prazer
pela comodidade. Que loucura fazer compras num shopping virtual! Será
que vamos colocar nossos sonhos num site da web e ponto com ponto br?
Só falta agora a gente fazer download dos sentimentos que quer
sentir. A grande revolução está na emoção e não na hipermídia."
O livro é fininho, fácil de ler e as ilustrações ajudam os
“preguiçosos” a se sentirem estimulados a realizar a leitura.
Como a história é em um universo jovem e virtual, encontramos
muitas gírias, internetês e emoticons. Também outros
aspectos com as turmas ou tribos, romance, amizade e as confusões
sentimentais. Recomendo. Apenas no finalzinho, lá pelas últimas
cinco ou dez páginas que a trama fica meio confusa e se perde da
principal. Aparece um mendigo no bar, e eu realmente acho que foi uma
enrolação para acabar o livro. Ficou um final como vocês diriam:
“Nada a ver”.
Resenha de Bárbara Leilane – Auxiliar da tarde
PROMOÇÃO A CULPA É DAS ESTRELAS.
ESTA POSTAGEM É PREMIADA!
O PRIMEIRO A COMENTAR, RECEBE UM BRINDE!
VÁLIDO PARA 15 DE MAIO
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Pelo titulo parece ser um livro sobre cafe da manha por causa do Pão e da Manteiga que estão presentes no nosso dia-a-dia,mas nao e um livro sobre internet.Parece que o livro e muito bom.
ResponderExcluirJulia 33c
E é, Júlia!
ExcluirRecomendo a leitura, principalmente para a sua geração que passa tanto tempo navegando e acabam confundindo os perfis que assumem falsamente nas redes sociais com a vida real. Além de diminuírem o tempo de contato físico e interagirem por mensagens e vídeos.
Parabéns, pode retirar seu brinde. Mais um! ;D